terça-feira, 2 de novembro de 2010

PAIXÃO

O velho poeta já dizia: “São demais os perigos dessa vida, pra quem tem paixão...” Sabemos que ele tinha muita razão.
A paixão, as idéias, pessoas ou coisas que nos apaixonamos nos tiram do chão, nos despertam vontades, forças, energias, que nem imaginávamos possuir.
Muitos de nós mudamos o rumo de nossas vidas quando nos apaixonamos, quando em nosso coração e nossa mente aquele sentimento tem conecção, tem lugar e faz todo o Sentido.

São os apaixonados que criam novas teorias, novos rumos para a humanidade. Aqueles que se apaixonam por uma idéia. Luterking, Gandhi, e tantos outros, antes de tudo, eram apaixonados pela Igualdade, pelo Respeito as Diferenças, na verdade pelas pessoas.
Hitler também era apaixonado pela Raça Ariana, e por essa paixão lutou a até sua morte e a morte de tantos.

O Poeta tem razão: “São demais os perigos da paixão.” Ela pode construir e destruir, elevar ou rebaixar, criar ou aniquilar.

A paixão nos cega para o que nos rodeia nos tira a capacidade de análise, de considerar outros pontos de vista. A Paixão nos foca em um único ponto, e não raro, largamos tudo e todos para conseguir, para estar lá, para chegar onde pensamos estar o ideal da Vida.

A paixão cega a convicção, a certeza, o absolutismo. Sentimentos que podem levar Povos para a Guerra, mas também mobiliza, assiona uma energia que não sabemos possuir, e se bem canalizada pode transformar o Mundo.

Os Perigos não estão no Sentimento, mas no que fazemos com essa força.Para onde estamos olhando, qual é nosso foco, nossos princípios, nossos valores.

Como tudo, a paixão é construtiva, não tem nada de Perigo em nos apaixonar, a questão é o exagero e o Foco.

Deise Fernandes.