domingo, 26 de setembro de 2010

ESCOLHAS

Já li em algum lugar que fazemos pelo menos 1000 Escolhas por dia: Abrir ou não os olhos quando acordamos, levantar ou não da cama, colocar o pé direito ou esquerdo no chão, escovar ou não os dentes, tomar ou não café com leite, comer pão, passar manteiga ou requeijão, que roupa vestir para o trabalho, que caminho escolher para chegar lá, o que fazer primeiro dentro das nossas demandas diárias, e assim por diante.

Muitas delas fazemos sem ao menos pensar, já estão no automático, já decidimos lá atrás qual seria a Escolha. Por um lado é positivo termos essas Escolhas já decididas cansam menos, perdemos menos tempo, porém, se muito cimentadas, podemos criar crenças, formas de ver e agir que nos amarram, limitam e nos impedem de conhecer o novo.

Existem, porém, as Escolhas que precisamos fazer porque o tema, a situação é Nova, não temos registros e teremos de tomar uma posição. Algumas são quase que obvías, por conta de nossas experiências e maturidade. É quase certo que eu não Escolheria ir em uma Festa de Roque pauleira, minha história é de não gostar de roque, mesmo quando era mais jovem.

Outras Escolhas, não são tão simples assim, é necessário reflexão, calma, revisitar os valores, os princípios. E por fim, temos as Escolhas que questionam nossa Ética.

Por exemplo, se estiver vendendo meu carro, que sei estar comproblemas mecânicos, e o comprador me perguntar, tem algum problema no motor? Imediatamente respondo: que eu saiba não.

Não menti, porém, fui discimulada. Se no dia seguinte ele encontrar algum problema, não poderá me acusar, minha resposta foi evasiva, sem me comprometer.
E faço isso porque se contasse os problemas que sei do motor do carro, certamente o preço cairia, e eu preciso daquele dinheiro.

Situações como essas acontecem todos os dias, e nem sempre em questões de vendas, aparece dentro do trabalho, da família, com os amigos, na política, em todos os seguimentos de nossas Vidas.

Os Interesses. No fim e a cabo, são eles que nos dirigem que direcionam nosssas Escolhas.

Para nos mantermos dignos, Éticos, precisamos rever constantemente nossos Interesses. O que estamos defendendo. Que caminhos queremos seguir. A favor de quem? O que é importante? De que Ética somos seguidores?

Deise Fernandes.

domingo, 19 de setembro de 2010

COMUNICAÇÃO

Já dizia o “velho Guerreiro” Chacrinha, QUE QUEM NÃO SE COMUNICA SE ESTRUMBICA.
O Velho guerreiro tinha toda razão, e não só na época do seu Programa de Tv, até hoje esse é um dos nossos maiores desafios a superar.
Conseguir nos Comunicar conosco mesmo, nos entendendo mais e melhor, não é uma tarefa fácil. Temos dificuldade de nos aceitar como somos, estamos constantemente criando impecílhos e dúvidas para nossas intuições, os sinais de nosso corpo, nossos sentimentos. Em definitivo nos comunicamos muito mal com nossos pensamentos, emoções, sentimentos e até mesmo com nossas ações.

Nessa confusão interna, a Comunicação com os outros é muito truncada, difícil, cheia de maus entendidos, que nos levam a separações, desentendimentos, mágoas e até rancor, não poderia ser diferente.
Em relação ao ambiente que nos cerca, também não somos muito melhores, frequentemente temos interpretações e conclusões equivocadas. Somos míopes em enxergar claramente o que nos rodeia, os sinais da natureza e dos resultados de nossas ações.

Também temos barreiras muito fortes que nos limitam para entender o que existe além da vida Material. Muitos de nós não refletimos sobre o Sentido de vida, o porquê de estarmos aqui na Terra, nessa época, nessa situação, com essas pessoas. Qual é o sentido da nossa Vida. Para que acontecem os fatos, o que existe de coincidência ou fatalidade no nosso Caminho. O que é causa e o que é conseqüência.

Não estamos nos comunicando bem, em nenhum dos aspectos e nossas vidas também não estão sendo fáceis, exatamente por essa dificuldade. Ta na hora de virarmos a mesa, de quebrarmos o círculo vicioso e transforma-lo em Virtuoso.

Alguém tem que romper, fazer diferente, mudar o rumo das coisas. Não teremos resultados diferentes se permanecermos com atitudes iguais.
Estamos todos no mesmo barco, querendo soluções, resolver todos os maus entendidos, todos os equívocos. Vamos começar. Vamos acreditar. Vamos nos Superar.

Começando em olhar para nós mesmos e nos aceitar como somos, acreditar na nossa capacidade, enfrentar nossas sombras.
Deixar os sentimentos falarem por nós.
Ser sensível, carinhoso e cuidadoso, conosco, com os outros e com nosso ambiente.

Com certeza teremos sinais de orientação para os próximos passos.

Deise Fernandes.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

GUERRAS

Ontem comecei a ler um livro que promete ser uma leitura muito interessante: AMANHÃ É OUTRO DIA autor JOHANNES MARIO SIMMEL. Fala de 7 pessoas que se esconderam em um abrigo subterrâneo durante um ataque aéreo na cidade de Viena em março de 1945.
Pelo que já li, dá para perceber que o livro vai girar em torno das relações entre as pessoas em situações limites, mas o livro me inspirou a pensar sobre Guerras.

Nesse e em outros livros que falam de Guerras, e em filmes, (nunca tive oportunidade de conversar com pessoas que tenham vindo de uma Guerra) percebo que ninguém quer, ninguém gosta, que só existem sofrimentos, sacrifícios, destruição, desperdícios de vidas de jovens. Nenhum de nós em sã consciência quer a Guerra, mas desde que se tem notícias da História da Humanidade, existem as Guerras, os conflitos por Poder, território ou mesmo os Políticos.

Fico muito intrigada com a incoerência que temos entre pensamento e ação, querer e fazer, Acreditar e por em prática. Existe uma distância enorme entre não gostar de Guerras e acabar convivendo com elas, e pior, as Guerras atuais, a gente nem se importa mais, são tantas e a tantos anos que já fazem parte, e pouco ou nada fazemos para mudar esse estado de coisas.

O pior é que não é só com Guerras, até porque no Brasil nunca tivemos, o que de certa forma explica a nossa indiferença, porém, temos situações de guerras debaixo de nosso nariz, e também somos indiferentes a elas.

A situação da violência, da fome, da desigualdade social, do consumo sem limites, da Educação de baixa qualidade, da exploração da natureza, da quantidade enorme de crianças que morrem antes de 1 ano de idade, pelo vício das drogas que, apesar de não admitirmos está cada dia mais incontrolável, com a depressão que a ciência não consegue encontrar a saída, e com tantas outras Guerras particulares ou coletivas, que nós Humanidade não conseguimos superar.

O contrário de Guerra é PAZ, e até hoje não conseguimos a PAZ que tanto queremos e precisamos.

Talvez, a solução comece em encontrarmos a Paz dentro de nós, e só então conseguiremos conquistar a PAZ em todos os ambientes que fazemos parte, na família, comunidade, estado, o País, e quem sabe poderemos contribuir com o Planeta.
Mas certamente teremos de transformar nossa PAZ interior em atitudes, ações, prática real, em vontade e Fazer, para que de fato possamos transformar.
Apenas a consciência passiva não nos levará a nada, aliás, como acontece até hoje.


Deise Fernandes.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

TRISTEZA

De vez em quando, sem razão aparente, sem motivos lógicos, vem um sentimento de Tristeza que a gente não consegue entender e nem explicar.
Um aperto no coração, um buraco no estômago, uma vontade enorme de chorar.
Parece queda de energia Vital, que a resistência baixou que a imunidade está abalada.

Não temos vontade de fazer nada, queremos mesmo é ficar quieta, num canto escuro, sem conversar com ninguém, sem pensar em nada.
Baixa um bode, que nos tira do chão, ou melhor, nos enterra em um buraco fundo, escuro, sem ar.

Dali a pouco, devagarzinho, a gente vai se animando, reagindo, levantando, e começa a retornar a nossa Energia Natural, e vamos voltando a viver o dia a dia.

Às Vezes é rápido, outras nem tanto, outras ainda demoram muito até que a gente retome o que somos na íntegra.

Cada vez mais fico sabendo de Pessoas que passam por isso. Até mesmo casos mais graves que demoram anos para voltar ao seu estado natural.

Mas parece que é geral, tem um dia, uma época, que todos nós passamos por esses momentos, essa Tristeza inexplicável.

Ou Será que tem explicação.

Seria a Vida cada vez mais corrida, e o inconsciente dá um breque, para podermos descansar?
Será que são tantos desafios, tantos enfrentamentos de dificuldades, tantas responsabilidades a assumir, que chega uma hora que a mente decide diminuir o ritmo?
Será que é o cansaço da lida da vida, que nos faz perder a energia?
Será que é a época em que estamos vivendo, com tudo muito intenso, corrido, pesado, ansioso, preocupado, que vai sugando nossas energias?

Não sei, mas um grande remédio é encontrarmos formas de nos reabastecer, de nos alimentar de pensamentos bons, de energia boa, para podermos superar os momentos de baixa.

Deise Fernandes.