quinta-feira, 29 de abril de 2010

Feliz Aniversário Filha.

Filha, hoje você completa 27 anos. Exatamente com a sua idade eu ganhei você, e, de fato foi um presente.

Você sempre foi a Filha que eu pedi a Deus, super responsável, comprometida, sincera, sempre com princípios e valores que nada e ninguém consegue corromper.

Você transformou meu sonho de ser mãe em realidade. Do seu jeitinho, tão carinhosa, conseguiu fazer que eu superasse os medos e insegurança de cuidar de uma criança.
A maior dificuldade que tive foi quando você começou a gatinhar. Não queria ficar no meu colo, queria chão, e curiosa como é, ia procurando cantos novos, espaços desconhecidos, e quando estávamos sozinhas, tinha receio que se machucasse.
Para que isso não acontecesse, coloquei um sino no seu pescoço, e assim superamos essa dificuldade, porque você gostou tanto do sino, que vivia batendo e fazendo barulho, e eu sempre sabia onde estava.

Foi com você que aprendi a ser mãe. Obrigada Filha.

Entrou na Escola com 6 anos, e só saiu com 21 já formada na Faculdade.
Nem cursinho fez, nunca repetiu de ano. Nunca desistiu do seu sonho profissional, que, aliás, descobriu muito cedo qual era a sua vocação.

Enfrentou morar em São Paulo, te admiro muito por isso, eu não seria capaz.
Tem um milhão de amigos, consegue entender, aceitar, respeitar a cada um do jeito que são. Gosta de todos, cuida de cada um. É criativa, amorosa, inteligente, responsável, interessada, curiosa, bem humorada.
Adora criança, animais, e as pessoas idosas!

Não é exagero de mãe, quem te conhece sabe que estou falando a verdade.
Sou sua fã filha!!!!

Gosto da Pessoa que você se transformou, até mesmo seus defeitos, combinam com vc.
Olha para a vida com expectativa de dias melhores, e se demoram a chegar, vc mesma vai atrás. “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”, esse é o seu lema, né filha?

É independente desde pequenina. Lembro-me, um dia te encontrei em cima da cadeira, perto da pia, tomando água. Não tinha nem 2 aninhos, e já não mais me pedia água, deu um jeito de conseguir fazer sozinha.

Parabéns filha.
Toda Felicidade do mundo!
Seja o que vc é.
Vc ainda tem muita vida pela frente. Muitos sonhos a conquistar.
Não tenho dúvida que os conquistará. Vc é Guerreira.
Guerreira do Bem.

Um imenso e carinhoso Abraço.

Mãe.

domingo, 25 de abril de 2010

Carta da Terra

Ao ler a carta da Terra temos a impressão que estamos lendo uma poesia, de tão sensível carinhosa, Ética, cuidadosa que é.
Difícil não ficarmos emocionados e comovidos com suas palavras e indicações. Ela consegue acionar em nós o que temos de mais Humano, que aliás é a nossa essência.

Percebemos o quanto está nos fazendo falta esses sentimentos. O dia a dia, a rotina, a corrida atrás da sobrevivência, acaba nos afastando desses Valores, virtudes, sensibilidade, que temos dentro de nós, mas que de alguma forma está sendo abafado.

Essa carta aciona o lado mais nobre de nossa essência. A vontade de cuidar, de colaborar, cooperar, de fazer parte, de lutar por causas nobres e verdadeiras.
A Carta da Terra nos relembra sensibilidade, ideais superiores.

Existem muitas pessoas pensando em como traduzir a Carta da Terra em ações concretas, e acredito que encontraremos as formas, mas não podemos deixar que a poesia e o encantamento dessa carta se perca, me parece que a grande contribuição que ela trás é sentirmos que todo Ser Vivo é nosso irmão e que a Terra é a nossa casa.
E assim nossas atitudes e disposição para fazer o que tem de ser feita, muda completamente.

Vídeo da carta da terra:
http://www.youtube.com/user/ECInternational#p/u/6/Na58ssHw6jA

Deise Fernandes.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

O Tempo

O Tempo deve ser um dos temas mais debatidos em nossas vidas. Ele que nos orienta, nos indica o quanto podemos fazer, qual é o nosso limite.

A vida não acaba o que acaba é o nosso Tempo aqui na Terra.

Temos tempo para tudo, nascer e, é incrível como nascemos no tempo certo. Eu não seria a mesma se tivesse nascido em outro dia, em outro mês.
Tempo para aprender a falar, a andar.
Tem um grande amigo meu que diz que o nosso maior desafio é aprender a andar. Nossa coluna não foi feita para andarmos em pé, e, ele concluí: depois dessa proeza, nada mais é difícil.
E olha que conseguimos essa vitória quando éramos crianças.

Tempo para aprender a ler, a escrever, a nos relacionar, a conviver, a sermos rebeldes, a sentirmos inseguranças e medos, a nos conhecermos melhor.
Temos Tempo para fazer coisas bem legais e outras nem tanto.
Temos Tempo para observar, criticar, argumentar, refletir e meditar.

O Tempo é nosso amigo.

Ele apresenta a cada minuto oportunidades e possibilidades infinitas.
A questão maior não é o Tempo, são nossas Escolhas.

Escolher aproveitar o Tempo para aquilo que faz sentido, que vai nos fazer melhor. Mas,
nem sempre conseguimos.

Usar o Tempo em atividades e ações que nos ajudem a crescer com mais Ética, humanidade e Respeito.
Nem sempre somos sensíveis para esses sinais.

Ganhar tempo com as conversas positivas, reflexões afirmativas, meditações com profundidade e humildade.
Precisamos “amadurecer” para valorizar esse Tempo, e “gastar” algum tempo até chegar aqui.

Bom mesmo é Cuidarmos do Tempo que temos de vida para que não seja PERDA DE TEMPO termos nascido.

Deise.

domingo, 4 de abril de 2010

SUPER PROTEÇÃO

Texto sobre super proteção

Em algum momento de nossas vidas temos necessidade de proteção, de nos sentirmos acolhidos, acarinhados, e até mesmo que o outro nos defenda, resolva todos os nossos problemas; que não precisemos fazer nada, apenas ficarmos quietos e de preferência, deitado no colo de nosso protetor. Quando somos bebês, essa é uma condição fundamental, não temos maturidade e nem força física para podermos nos cuidar. O Homem é um animal que demora muito tempo para conseguir assumir sua independência.

A questão é que muitos de nós temos dificuldade de saber quando termina a época do “bebê” e começa a da independência. Tanto nossos pais como nós filhos temos essa dificuldade de avaliação, e quanto mais isso não fica claro, mais e maior acontecem os equívocos.

Se somarmos ainda uma deficiência, as dificuldades, dúvidas, inseguranças aumentam muito! Os pais não recebem um manual de como educar seus filhos, a educação tem que ser feita por tentativa e erro ou baseada na educação que receberam, que também não contava com nenhum manual, e, portanto não são perfeitas. Tudo isso se potencializa quando existe uma deficiência.

Não sei onde começa, mas em algum momento a proteção que é benéfica evolui para super proteção que invariavelmente traz sofrimento.
As inseguranças de pais e filhos os levam a se protegerem além do necessário, segurando uns aos outros para que possam agüentar os desafios, que de fato não são fáceis! Mas, os resultados dessa relação acabam sendo prejudiciais aos protetores e aos protegidos. Vamos desenvolvendo em nós mais inseguranças, e mais necessidade de proteção, e vira um círculo vicioso.

A única solução é enfrentar nossos medos, nos conhecer melhor, nos aceitar como somos, conseguir ter coragem de enfrentar nossos Leões, e devagar, no nosso ritmo, superarmos os limites, que na grande maioria são criados por nossos receios e falta de conhecimento.

Minha experiência de 54 anos e cega desde os 15, mostra que no fim e a cabo, quem determina como seremos tratados somos nós mesmos! Independente de como os outros nos enxergam ou de suas expectativas em relação a nós, somos donos da batuta e queiramos ou não, acreditemos ou não, somos nós que somos o Maestro.
Lembro-me que quando fiquei cega houve grande confusão e equívocos tanto da parte de meus pais como da minha, e a primeira ação é de nos fortalecer nos deixando proteger por nossos pais, e eles por sua vez, também se sentem responsáveis em nos Proteger.

Tem também a questão do que transmitimos para os outros, do quanto demonstramos inseguranças e medos. Hoje sou mãe e trato meus filhos de acordo com o que eles demonstram, um com mais cuidado, outro mais solto, outro ainda com muita insegurança. Como mãe, quanto mais me sinto segura, mais não me sinto responsável em proteger.
No fundo, em definitivo, cada um de nós é que alimentamos o que pensam e como nos tratam, somos de fato os Maestros de nossas Vidas.

A música, o tom, o ritmo dependem do que queremos, do que gostamos, de nosso propósito de vida, nossos objetivos, que nem sempre são claros. Hoje quando lembro de alguns fatos passados, percebo que nem sempre sabia o que estava fazendo, mas existia uma força interior muito mais forte do que eu, e que me impulsionava para continuar, para não desistir, para tentar outra vez, e às vezes, na verdade, inúmeras vezes, para bater de frente com os “protetores”, que vinha através dos outros, mas também por mim mesma. Aqueles famosos “Não vai dar certo!” “Você não vai agüentar.” “É muito difícil.” “Nunca ninguém conseguiu.”, e minha voz interior: “Não sei como fazer... É muito grande pra mim... eu não merecia isso! Coitadinha de mim...”

Enfrentar esses limitadores, não é uma tarefa fácil para ninguém, e quando temos uma deficiência, que não sabemos direito como superar, causando insegurança e medo, os sentimentos e pensamentos negativos, somados aos reforços externos, particularmente de nossos amigos e familiares, podem nos imobilizar totalmente.

Para mim, de longe, esse é o maior desafio: Superar nossos medos e inseguranças. Acreditar no nosso potencial. Assumir os riscos e sacrifícios em busca de nossos sonhos. Saber ouvir o coração e se deixar guiar por ele. Ser amável, compreensiva, mas não se deixar influenciar pelos outros.
Em definitivo, se conseguirmos desenvolver tudo isso em nós, seremos capazes de conquistar a Felicidade.

Deise Fernandes

sábado, 3 de abril de 2010

TENHO QUE...

É incrível como nos colocamos obrigações, responsabilidades, atividades que precisam ser cumpridas, telefonemas a dar, aulas a preparar, visitas a fazer, estudar um texto, enviar uma mensagem, e por aí vai!
Até no lazer acabamos colocando na agenda das obrigações, aquele casamento que não posso faltar, o filme que preciso assistir, o almoço de domingo que toda a família está aguardando.

O pior é que quando estamos sem nada na Agenda, ficamos analisando, pensando:
Será mesmo que eu não tenho nada para fazer agora?
E se esse tempo for longo, a sensação é de inutilidade, desconforto, de preguiça, de estar perdendo tempo.

Porque será que vamos nos impondo tantos compromissos?
Porque não fazemos tudo mais devagar e com mais liberdade, e no fim das contas, com maior prazer e espontaneidade?

Hoje estou no dilema: “TENHO QUE” preparar uma palestra sobre Responsabilidade Social.
TENHO QUE preparar uma Oficina de SA 8000.
TENHO QUE corrigir provas dos meus alunos da Faculdade.
TENHO QUE preparar aula para a semana que vem.
E Pasmem! TENHO QUE, receber os cumprimentos dos amigos, porque hoje é meu aniversário.

Não estou exagerando?
Já não está na hora de me lembrar que sou limitada e Humana?

Deise Fernandes

sexta-feira, 2 de abril de 2010

REDES DE RELACIONAMENTOS

Já ouvi falar que com a facilidade da tecnologia as Redes de Relacionamentos ficam cada vez mais fortes, mas nunca tinha experimentado essa força com tanta intensidade.

Para divulgar esse Espaço tenho visitado os endereços e cartões que acumulei nesses anos, e tenho sentido muito prazer em lembrar de pessoas que a muito não vejo, e que saudades sinto!
Tenho encontrado comentários nos textos de pessoas que gosto muito, outras que conheci a muito tempo, mas fazem anos que não nos vemos, outras que acabei de conhecer, e mesmo alguns que só pelo nome não me recordo.
Essa diversidade nos meus relacionamentos me empolga.

Por outro lado fico pensando, como seria bom se tivéssemos mais tempo para nos conhecer e nos relacionar mais e melhor.

São tantas pessoas que passam por nós, pelas nossas vidas, que de alguma forma nos deixa um pouco de si. No final das contas é a soma de todas elas que fazem de nós o que somos.

Sei de tudo isso, mas tenho que admitir que meus relacionamentos, mesmo os mais próximos, poderiam ser mais profundos. Deveriam ter mais o meu tempo e minha dedicação.
Conhecemos muita gente e somos extremamente sozinhos.

Carecemos de profundidade. A justificativa é que não temos tempo, mas na verdade, acho que não sei abrir todas as portas para o outro, não tenho coragem de me comprometer, de conhecer e me deixar conhecer, sem reservas, sem a necessidade de preservar a individualidade.

Vamos nos acostumando a superficialidade, ao passageiro, ao descartável, a nos preservar e acabamos tendo a mesma postura até em nossos relacionamentos.
Mesmo as Redes, dentre elas esse Blog é um jeito solitário e distante de me comunicar com meus amigos, escrevo daqui, e vocês lêem daí. Fazem comentários, eu leio ou respondo quando e se tiver vontade, e assim temos a ilusão de estarmos nos relacionando.
Ou melhor, estamos nos relacionando do jeito moderno, com o uso da Tecnologia.

É um bom começo, mas precisamos encontrar formas de voltarmos a dialogar, de ouvir o outro olho-no-olho, de contar histórias, de ouvir histórias, Nossa! Que vontade de ter esses momentos.
É nessa troca de energia pessoal frente-a-frente, que conseguimos de fato cultivar sentimentos.

Acho que estou em crise de saudosismo! Também pudera, amanhã é meu aniversário???

Deise Fernandes

quinta-feira, 1 de abril de 2010

ELETROSSAURA

Hoje estou completando 30 anos de CPFL. Tenho muito a Agradecer.
Aqui fiz grandes amigos, construí minha vida profissional, aprendi muito como pessoa.
Entrei como estagiária de sociologia, sem nenhuma experiência profissional significativa, insegura, imatura, e tive um acolhimento amoroso e afetuoso por essa empresa.

Naquela época não existia ledores de tela, poucas Mulheres na empresa, (menos ainda do que hoje) não tinha Lei de Cotas, foi mesmo abertura e coragem de enfrentar o desafio, tanto por mim como por todos da empresa.
Agradeço a oportunidade.

Sei que a história dos meus filhos não será a mesma. Hoje o Mercado de trabalho mudou, e o comum é que os profissionais fiquem no máximo 5 anos em cada organização.

Tenho clareza das vantagens desse novo jeito de construir uma carreira, mas não deixa de ter valor aquele que permanece por 30 anos em uma mesma Empresa.
Na verdade, nunca é a mesma, nem a empresa e muito menos os profissionais.

No caso da atual CPFL- Energia, mudou totalmente. Entrei na CPFL – Companhia Paulista de Força e Luz, uma única empresa, estatal e hoje somos uma Holding com 36 empresas. Não somos apenas do Estado de São Paulo, já conquistamos outros Estados.
No meu caso, eu só tinha a graduação, hoje já fiz inúmeros cursos de especialização, grande parte deles dentro da Empresa, passei por várias áreas, aprendi muito em cada uma delas. Sou professora Universitária, e também posso dizer que já conquistei mais espaço do que tinha em 01 de abril de 1980.

Em definitivo, só tenho a agradecer. Mesmo os momentos mais difíceis me trouxeram uma lição e um aprendizado.


Agradeço a tudo e a todos.

Deise.