Porque um Blog? Por ser acessível a todos, a meu ledor de telas, que é a tecnologia que uso por ser deficiente visual, por ser rápido e simples. Que nome? Um nome que pudesse identificar um lugar onde eu possa falar, dialogar e refletir sobre minhas experiências. O nome que escolhi foi TODOS OLHARES. Olhar para tudo, para o que vivenciamos e que vale a pena compartilhar, olhares sobre o passado, presente e futuro. Assim nasce TODOS OS OLHARES. Deise Fernandes
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
PENSAR FORA DA CAIXA
Quanto mais ficamos experientes, maior é a nossa dificuldade de pensar Fora da Caixa.
Todos têm uma primeira idéia sobre tudo que nos cerca. Às vezes o que pensamos de bate pronto se revela verdadeiro, outras vezes, porém, não é nada daquilo que estava na nossa cabeça e nas nossas fantasias.
A grande sacada é não concretar nossas primeiras impressões. Não tem jeito de evitar, elas chegam, gritam em nossos ouvidos. Ok, Temos que prestar atenção, mas como curiosidade, como uma primeira impressão. Vamos nos dar oportunidade de vivenciar, analisar e de fato nos certificar se é ou não o que tínhamos pensado. É um exercício bem legal.
Tenho certeza que como eu, muitas pessoas fazem esse exercício todos os dias. a gente vai aprendendo com acertos e erros e conseguimos tornar essa prática em rotina.
O que ainda não consegui fazer, ou só consigo com muita dificuldade e esforço, é quando depois de vivenciar, analisar, acabo criando um modelo que faz sentido para mim, para meus valores, para aquela situação, e, apesar de não querer, na verdade, não dever, acabo transformando essa experiência em Verdade.
E lá vou eu cheia de Verdades caminhando pela vida... e derrepente... não mais que derrepente, e mais frequente que eu gostaria, aparecem situações que aquela Verdade tão cuidadosamente construída, não cabe, não serve, não faz sentido, e eu preciso repensar, recomeçar, construir, enfim, Pensar Fora da Caixa.
Pensar Fora da Caixa, é quase desmontar conceitos, vivências, experiências, que demoraram muito a serem construídas, que nos deram um trabalho danado, e que agora não dá conta da nova situação.
Lembro-me de uma estória da Ana Maria Machado, que contava que uma menina estava muito intrigada com as falas de seus pais. Quando estava se vestindo para sair, a mãe diz: esse vestido vc perdeu.
-- Nossa! Vc perdeu a bota. A menina não entendia nada, porque ela estava vendo o vestido e a bota.
No outro dia, ela chegou em sua casa e seu pai estava pintando seu cadeirão de comer, e ele disse: Filha, vc perdeu ocadeiraõ e vamos dar para outra criança.
Não entendendo correu para o quarto e não encontrou o berço, e a mãe logo veio explicar: Filha, como vc perdeu o berço, vamos doar para outra criança.
A menina, já não suportando mais aquele discurso de ter perdido o que ela estava vendo na sua frente, começou a chorar e perguntar, -- Porque vcs estão fazendo isso comigo? Dizem que eu perdi o que está na minha frente!!
A mãe entendendo a angústia da filha, respondeu: -- Filha, não é esse perdeu que vc não encontra as coisas. É um Perder, porque vc cresceu e essas coisas não servem mais para vc.
Vc precisa de coisas maiores.
Parece que isso é pensar fora da Caixa, é se dar conta que crescemos, que antigos conceitos não servem mais, porque nós crescemos e também porque as situações crescem.
Deise Fernandes.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário