terça-feira, 25 de setembro de 2012

Desde criança ouvimos falar em Fé. Nossos pais nos ensinam a rezar antes de dormir, e falam para acreditarmos no Papai do Céu. Depois vem a primeira comunhão, para os que são ou foram católicos como eu, cerimônia muito bonita,(será que ainda existe?)onde iríamos receber a hóstia pela primeira vez. Lembro-me perfeitamente desse dia. Era um acontecimento, esperávamos com ansiedade pelo momento em que poderíamos receber o que representava o corpo e o Sangue de Cristo. Durante alguns anos seguíamos assistindo a missa, rezando antes de dormir, acreditando no Papai do Céu, pelo menos até chegar a adolecência. Época que lutamos bravamente para criar nosso próprio mundo e nossas próprias crenças. Na minha época, a igreja Católica atraia os Jovens com cursos de final de semana, onde deixava os ensinamentos do Evangelho mais próximo dos Jovens, alegre e com muita música. Eu e minha turma fizemos esse curso, e nos envolvemos com os trabalhos da igreja com muito entusiasmo. Foi muito legal essa época. Fazíamos um trabalho nobre, apesar de não termos essa consciência. O legal era estar com a turma, fosse onde fosse. Bom para nós que nossas energias eram canalizadas para o Bem. Todos crescem, precisam ir em busca da Faculdade, tem que ser fora da cidade pequena onde nascemos. Nos separamos, cada um para um lado. Outra vez se repete o começo da adolecência, ficamos meio sem Religião. Estamos em busca do espaço profissional e de aprender a ser Gente Grande. Agora formados, conseguimos trabalho, casamos, temos filhos, e só nesse momento, temos clareza do que é ter Fé, do que é ter Religiosidade. A vida de adulto tem um monte de coisas boas, diminuem pelo menos 80% das inseguranças, mas as que ficam! São enormes, mais profundas, aquelas que nos demonstram o quanto somos Pequenos, Frágeis, e como não temos controle de nada, nem ao menos de nossas vidas. E nesse momento a Fé ganha uma importância fundamental. Precisamos acreditar em nós. Nos nossos Valores. Naquilo que somos capazes de produzir. Precisamos acreditar nos outros. Nos valores dos outros. No que podem produzir. Precisamos acreditar em Deus. Na sua Proteção e no seu amor por nós. Precisamos acreditar na vida, nos Caminhos que se cruzam. Nas oportunidades que aparecem. Precisamos acreditar nas intuições. Naquilo que não vemos. Naquilo que não sabemos. Precisamos acreditar que Deus olha por todos nós. E, aprendemos que no final de tudo, o mais importante de tudo, é no que Acreditamos.

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