Apesar de acreditarmos que tudo muda que todos passamos por Mudanças diárias, temos medos e inseguranças quando elas são mais perceptivas. Na verdade, a Mudança de fato acontece a cada minuto, e queiramos ou não temos que enfrentá-las, a grande questão é o quanto queremos ou podemos nos Transformar com elas. A mudança vem do externo e o que fazemos com ela, como a encaramos e o quanto elas irão nos transformar, vem de dentro, Cada um teremos que fazer nossas Escolhas, e sabemos o quanto são doloridas e desafiadoras.
Já faz muitos anos que um grande amigo, João, me fez imaginar a cena do trapézio, e nunca mais esqueci. Sempre que tenho que enfrentar alguma mudança essa Imagem me vem à cabeça.
Imagine dois Jovens sentados em dois trapézios, e vagarosamente começam a balançar.
Chega um momento que um deles vira de cabeça para baixo em seu trapézio.
O outro, quando percebe que o amigo já está em posição, pula do seu, para se agarrar na mão que está estendida.
A altura dos dois trapézios é de mais de 10m, e não existe rede de proteção.
Nessa imagem, tão simples, e vivida por todos nós em algum circo da infância, trás os mais importantes pontos sobre a tão temida Mudança.
Uma das reflexões que podemos fazer é que o segundo Jovem só pula do seu trapézio, porque confia no outro amigo, e na situação que vai encontrar.
Outra, é que antes de subir para aquele trapézio, e fazer essa apresentação, eles treinaram muito, estudaram muito, refletiram muito. Ninguém é louco de pular no ar sem saber minimamente o que está fazendo.
Outra ainda, é que existe um tempo para que se pule de uma situação para a outra. Se deixar que o trapézio fique muito lento, pode não alcançar a mão do amigo, como também se pular com muita velocidade pode não conseguir se segurar. Temos que ter sensibilidade em saber a hora de mudar de situação. Quando deixamos passar muito tempo, fica cada vez mais difícil, ou se formos precipitados podemos errar o pulo.
Podemos ainda refletir, sobre o momento que ele fica no ar. No caso do trapezista, por segundos, mas em nossas mudanças, nem sempre é tão rápido, aquele momento em que ficamos sem chão. Não temos mais condições de voltar a situação anterior, e ainda não estamos na situação nova. O que sabíamos não serve mais, e ainda não aprendemos o novo. Esse momento é de muita insegurança, mais passa quanto mais termos consciência que ela existe, mais rápido vai passar. Pior mesmo é quando ficamos com saudosismos inúteis.
Ninguém disse que viver é Fácil, que enfrentar mudanças, desafios, é tranqüilo, mas sabemos que são necessárias e que quase sempre não tem Rede de proteção, é ao vivo e a cores e sem ensaios.
Nossa melhor resposta para a vida é não desistir, e seguir sempre em frente.
Deise Fernandes
Porque um Blog? Por ser acessível a todos, a meu ledor de telas, que é a tecnologia que uso por ser deficiente visual, por ser rápido e simples. Que nome? Um nome que pudesse identificar um lugar onde eu possa falar, dialogar e refletir sobre minhas experiências. O nome que escolhi foi TODOS OLHARES. Olhar para tudo, para o que vivenciamos e que vale a pena compartilhar, olhares sobre o passado, presente e futuro. Assim nasce TODOS OS OLHARES. Deise Fernandes
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Rose
Todas as profissões têm valor e importância, principalmente se o profissional que a exerce sabe aproveitar as oportunidades para seu próprio crescimento e colaborar com o desenvolvimento dos outros.
A Rose é uma pessoa que sabe fazer isso muito bem, cuida das mãos e dos pés de muitas mulheres todas as semanas, e aproveita esses encontros para aprender e ensinar.
Sempre que chego ela me pergunta: O que foi que vc aprendeu nessa semana e que pode me ensinar? É incrível a vontade que a Rose tem de aprender coisas novas, de partilhar o que sabe.
Sempre se colocando a disposição das freguesas em ouvir suas angústias e dificuldades, tendo uma palavra de consolo, de conforto e de ânimo.
É muito alegre, sempre rindo, e com uma disponibilidade para o trabalho que é impressionante.
Não teve oportunidade de ter uma Formação, mas não tenho dúvida que seria uma das primeiras alunas do curso se pudesse ter freqüentado uma Universidade, arrisco a afirmar que teria feito Medicina. Tem uma forte vocação para a Cura.
Bem humorada cheia de frases, histórias que nos divertem muito durante o tempo que estamos com os pés e mãos imobilizados. E certamente com tanta energia boa, somos presenteadas com o toque que nos faz, e saímos invariavelmente muito melhores do que quando chegamos.
Obrigada rose.
Parabéns, pelo dia 14 de junho, dia da manicure.
Parabéns, por conseguir transformar sua profissão em ambiente tão agradável e tão cheio de aprendizados.
Deise Fernandes
A Rose é uma pessoa que sabe fazer isso muito bem, cuida das mãos e dos pés de muitas mulheres todas as semanas, e aproveita esses encontros para aprender e ensinar.
Sempre que chego ela me pergunta: O que foi que vc aprendeu nessa semana e que pode me ensinar? É incrível a vontade que a Rose tem de aprender coisas novas, de partilhar o que sabe.
Sempre se colocando a disposição das freguesas em ouvir suas angústias e dificuldades, tendo uma palavra de consolo, de conforto e de ânimo.
É muito alegre, sempre rindo, e com uma disponibilidade para o trabalho que é impressionante.
Não teve oportunidade de ter uma Formação, mas não tenho dúvida que seria uma das primeiras alunas do curso se pudesse ter freqüentado uma Universidade, arrisco a afirmar que teria feito Medicina. Tem uma forte vocação para a Cura.
Bem humorada cheia de frases, histórias que nos divertem muito durante o tempo que estamos com os pés e mãos imobilizados. E certamente com tanta energia boa, somos presenteadas com o toque que nos faz, e saímos invariavelmente muito melhores do que quando chegamos.
Obrigada rose.
Parabéns, pelo dia 14 de junho, dia da manicure.
Parabéns, por conseguir transformar sua profissão em ambiente tão agradável e tão cheio de aprendizados.
Deise Fernandes
segunda-feira, 21 de junho de 2010
MULHER-MÃE
Outro dia fui convidada para fazer uma palestra para um grupo de mães em uma Casa espírita, e foi muito interessante as reflexões que fizemos.
Os objetivos eram contribuir com as mães dessa casa espírita, sobre o papel de mãe, particularmente em relação ao sentimento de Resolvedora de todos os Problemas da Família versos o sentimento de culpa que aparece quando não consegue fazê-lo.
O ponto inicial é o Papel da Mulher perante a sociedade.
Tudo o que se espera de uma Mulher, e o que não se espera que ela faça.
Toda mulher precisa, necessariamente, ter noções de cozinha, arrumação de casa, educação, paciência, compreensão, perdão, meiguice, beleza, calma, moda, roupas limpas e bem passadas, união da família, saber mandar, pedagogia, para poder ensinar os filhos na lição de casa, ser sensível, inteligente, bonita, magra, econômica, ajudar o marido, e muito mais....
Como mulheres, temos algumas coisas a cumprir, temos expectativas a preencher, que foram criadas, antes mesmo de nascermos.
A cultura, como nos organizamos economicamente, são determinantes do jeito que somos educadas, e mesmo que sejamos rebeldes, ainda sim, traremos conosco esses traços da cultura do nosso tempo.
Nos dias atuais, particularmente para as mães a partir de 30 anos, o peso da cobrança, da insegurança, até mesmo da incoerência, é uma marca inconfundível. Quantas de nós, em muitos momentos não sabemos o que fazer como agir, qual é a melhor decisão.
Por um lado, fomos criadas para outro jeito de viver, que não corresponde em quase nada com o que está na sociedade. Por outro lado, nossos filhos, que estão nesse mundo de meu Deus, trazem cobranças, questionamentos, dúvidas, exigências, que não sabemos como resolver. Nunca houve uma geração tão cobrada, tão colocada na parede.
Diferente de nós, nossos filhos, não aprendem com um olhar, com um assobio, com uma ordem. Eles não são sensíveis por esses sinais. Eles querem muito mais! Querem coerência, querem atenção, cobram comprometimento de cada uma de nós. Muitas vezes, mais do que conseguimos agüentar.
E não são só eles!
Somos apertadas pelos maridos, para que sejamos bonitas, inteligentes, donas de casa, boas mães, e que tragamos dinheiro para casa a fim de colaborar com o orçamento.
Como profissionais, somos exigidas até o sangue, um pouco para provarmos diariamente que somos capazes, outro porque queremos criar imagem de Eu Consigo.
Essa Imagem é um dos pontos que nos escravizam. Que nos amarram nos preconceitos, nos juízo de valores, no que deveria ser, e não no que é de fato.
Criamos em nós, através do que nossas mães ensinaram, pelos livros, pelas histórias, pelas nossas vivências, que toda Mulher tem que ser mãe. Que toda mãe tem que amar seus filhos incondicionalmente. Que esse amor, significa cuidar, proteger, encaminhar, e até mesmo controlar suas vidas.
Que temos obrigação de saber mais do que eles, de antecipar os problemas e evitá-los.
No nosso dia a dia sabemos que tudo isso não é toda verdade.
Existem outros sentimentos e outras ações misturadas a esses tão exigidos e esperados de nós.
Não sabemos tudo. Temos muito medo e insegurança de errarmos em nossas decisões.
Não estamos sempre dispostas a nos dedicar ao filho todas as nossas horas, dias, semanas, meses e anos. Também queremos cuidar de nós! Sentimos saudades de ficarmos sozinhas, de dormir até tarde, de chorar um pouco, de pedir colo, de ser cuidada.
Não fomos preparadas para ser mãe.
Não temos a menor noção do que isso significa, a não ser quando os professores nos acusam que não estamos cuidando corretamente de nossos filhos. Com os olhos cheios de lágrimas e com um aperto no estômago, perguntamos: Como assim?
O que devo fazer?
Se deixo fazer tudo, não está certo.
Se exijo disciplina, também somos muito radicais.
Se damos tudo que pedem estamos criando filhos mimados.
Se não o fazemos somos negligentes!
O que devemos fazer?
São raras as vezes que sabemos com segurança.
Essa é a mãe moderna.
Aquela que tem um monte de medos, de insegurança, de equívocos, de vontade de acertar.
Aquela que aprende a amar seu filho, no dia a dia, a cada experiência vivida.
Aquela que sabe que viemos juntos porque temos algum comprometimento e que, portanto, temos muito que aprender juntos! Que tanto vai ensinar como aprender com o seu filho, desde o momento de seu nascimento.
Aquela que acredita no diálogo, na troca de vivências com seu filho, porque sabe que ele não tem a idade que aparenta ter, mas que seu espírito é muito mais velho, e que pode sim, ter opiniões e idéias tão ou melhores do que a sua.
Aquela que acredita que a família é a primeira escola para a Evolução e que sabe, que é dentro dela, nos relacionamentos que vai se dar a maior parte da nossa evolução.
Aquela que desenvolve a paciência, a calma, a generosidade, em aceitar os Espíritos que vierem como nossos filhos. Assumindo a nossa parte na evolução de todos.
Aquela que não se sente a dona da verdade, muito pelo contrário, sabe que precisa dos filhos, do marido, dos amigos, de todos para que consiga superar os desafios.
Aquela que sabe que filhos e Mães são companheiros de viagens e precisam um do outro para Evoluir.
Deise Fernandes.
Os objetivos eram contribuir com as mães dessa casa espírita, sobre o papel de mãe, particularmente em relação ao sentimento de Resolvedora de todos os Problemas da Família versos o sentimento de culpa que aparece quando não consegue fazê-lo.
O ponto inicial é o Papel da Mulher perante a sociedade.
Tudo o que se espera de uma Mulher, e o que não se espera que ela faça.
Toda mulher precisa, necessariamente, ter noções de cozinha, arrumação de casa, educação, paciência, compreensão, perdão, meiguice, beleza, calma, moda, roupas limpas e bem passadas, união da família, saber mandar, pedagogia, para poder ensinar os filhos na lição de casa, ser sensível, inteligente, bonita, magra, econômica, ajudar o marido, e muito mais....
Como mulheres, temos algumas coisas a cumprir, temos expectativas a preencher, que foram criadas, antes mesmo de nascermos.
A cultura, como nos organizamos economicamente, são determinantes do jeito que somos educadas, e mesmo que sejamos rebeldes, ainda sim, traremos conosco esses traços da cultura do nosso tempo.
Nos dias atuais, particularmente para as mães a partir de 30 anos, o peso da cobrança, da insegurança, até mesmo da incoerência, é uma marca inconfundível. Quantas de nós, em muitos momentos não sabemos o que fazer como agir, qual é a melhor decisão.
Por um lado, fomos criadas para outro jeito de viver, que não corresponde em quase nada com o que está na sociedade. Por outro lado, nossos filhos, que estão nesse mundo de meu Deus, trazem cobranças, questionamentos, dúvidas, exigências, que não sabemos como resolver. Nunca houve uma geração tão cobrada, tão colocada na parede.
Diferente de nós, nossos filhos, não aprendem com um olhar, com um assobio, com uma ordem. Eles não são sensíveis por esses sinais. Eles querem muito mais! Querem coerência, querem atenção, cobram comprometimento de cada uma de nós. Muitas vezes, mais do que conseguimos agüentar.
E não são só eles!
Somos apertadas pelos maridos, para que sejamos bonitas, inteligentes, donas de casa, boas mães, e que tragamos dinheiro para casa a fim de colaborar com o orçamento.
Como profissionais, somos exigidas até o sangue, um pouco para provarmos diariamente que somos capazes, outro porque queremos criar imagem de Eu Consigo.
Essa Imagem é um dos pontos que nos escravizam. Que nos amarram nos preconceitos, nos juízo de valores, no que deveria ser, e não no que é de fato.
Criamos em nós, através do que nossas mães ensinaram, pelos livros, pelas histórias, pelas nossas vivências, que toda Mulher tem que ser mãe. Que toda mãe tem que amar seus filhos incondicionalmente. Que esse amor, significa cuidar, proteger, encaminhar, e até mesmo controlar suas vidas.
Que temos obrigação de saber mais do que eles, de antecipar os problemas e evitá-los.
No nosso dia a dia sabemos que tudo isso não é toda verdade.
Existem outros sentimentos e outras ações misturadas a esses tão exigidos e esperados de nós.
Não sabemos tudo. Temos muito medo e insegurança de errarmos em nossas decisões.
Não estamos sempre dispostas a nos dedicar ao filho todas as nossas horas, dias, semanas, meses e anos. Também queremos cuidar de nós! Sentimos saudades de ficarmos sozinhas, de dormir até tarde, de chorar um pouco, de pedir colo, de ser cuidada.
Não fomos preparadas para ser mãe.
Não temos a menor noção do que isso significa, a não ser quando os professores nos acusam que não estamos cuidando corretamente de nossos filhos. Com os olhos cheios de lágrimas e com um aperto no estômago, perguntamos: Como assim?
O que devo fazer?
Se deixo fazer tudo, não está certo.
Se exijo disciplina, também somos muito radicais.
Se damos tudo que pedem estamos criando filhos mimados.
Se não o fazemos somos negligentes!
O que devemos fazer?
São raras as vezes que sabemos com segurança.
Essa é a mãe moderna.
Aquela que tem um monte de medos, de insegurança, de equívocos, de vontade de acertar.
Aquela que aprende a amar seu filho, no dia a dia, a cada experiência vivida.
Aquela que sabe que viemos juntos porque temos algum comprometimento e que, portanto, temos muito que aprender juntos! Que tanto vai ensinar como aprender com o seu filho, desde o momento de seu nascimento.
Aquela que acredita no diálogo, na troca de vivências com seu filho, porque sabe que ele não tem a idade que aparenta ter, mas que seu espírito é muito mais velho, e que pode sim, ter opiniões e idéias tão ou melhores do que a sua.
Aquela que acredita que a família é a primeira escola para a Evolução e que sabe, que é dentro dela, nos relacionamentos que vai se dar a maior parte da nossa evolução.
Aquela que desenvolve a paciência, a calma, a generosidade, em aceitar os Espíritos que vierem como nossos filhos. Assumindo a nossa parte na evolução de todos.
Aquela que não se sente a dona da verdade, muito pelo contrário, sabe que precisa dos filhos, do marido, dos amigos, de todos para que consiga superar os desafios.
Aquela que sabe que filhos e Mães são companheiros de viagens e precisam um do outro para Evoluir.
Deise Fernandes.
domingo, 20 de junho de 2010
FOMES!!!
Hoje lembrei-me da Fome, pensei nas “Fomes” que temos, de todas as fomes, as sólidas com gosto e cores, mas também das que são invisíveis mas causam desnutrição e doenças tão ou mais do que as primeiras.
A minha geração, tem “fome” diferente das gerações mais novas, que também são diferentes das gerações mais velhas, mas todas têm pontos em comum:
Temos fome da Verdade.
Temos fome da Justiça.
Temos fome de amigos.
Temos fome de respeito.
Temos fome de desafios
Temos fome de simplicidade.
Temos fome de sermos valorizados e aceitos, mais do que Aceitos, sermos bem vindos nos lugares que freqüentamos.
Temos muitas fomes comuns, porque são necessidades universais, eternas.
Na verdade são Valores Éticos.
E são desses valores que sentimos falta, sentimos fome!
A crise que enfrentamos, dizem os grandes pensadores, como Leonardo Boff, Leo Buscaglia, Edgar Morin, a verdadeira Crise dos dias de hoje é “Falta de Valores éticos.
Falta de celebrar o Sagrado”.
Acabamos banalizando, minimizando e deteriorando tudo.
Até mesmo nós como SER Humano.
Edgar Morin, no livro os 7 saberes da educação do futuro, diz que “...precisamos aprender a condição Humana, compreender o Ser humano”.
A gente se perdeu.
Em algum momento da nossa Caminhada, a gente se perdeu. Ou pelo menos, fomos deixando no caminho, perdendo na beira da estrada esses Valores que tanto nos fazem bem, que tanto nos fazem falta.
É possível que você que está lendo esse texto, esteja se perguntando, mas porque estou lendo isto? Porque estou perdendo meu tempo em ler essas coisas?
Sobre ética e ser Humano. Não tenho tempo para perder com o que essa Pessoa pensa a respeito desses temas. Em que ela se baseou? Onde está a fundamentação teórica?
Aqui está o problema.
Estamos tão apartados de nós, do Humano, que queremos a lógica, o racional, o planejamento, os objetivos, os resultados, os gráficos, a regra, a política, as evidências.
Esquecemos que o racional, o que tanto valorizamos e que é valorizado pelas Empresas é apenas um barquinho no mar de emoções que é o Ser Humano. Que no final de tudo o que decide o que escolhe, o que determina são nossas emoções, nossas experiências.
A maior parte do nosso tempo somos emoções.
E é por elas e através delas que vamos fazendo nossas Escolhas, criando, imaginando, fantasiando, fortalecendo modelos mentais, que insistimos em acreditar que são Verdades. As vezes nem temos consciência de estarmos sendo guiados por eles de tão enraizados, tão dentro de nossas atitudes estão. E nem percebemos que são crenças que herdamos que se pensarmos um pouco nos assustaremos com tanta bobagem, com tantos conceitos ultrapassados.
A questão maior é que nenhuma dessas Crenças, dessas Verdades, estão fazendo com que a gente seja mais Feliz.
Que a gente seja mais generoso conosco e com os outros.
Temos falhado muito em muitos pontos nos relacionamentos.
Avançamos em muita coisa, mas estamos na idade da pedra no que diz respeito aos relacionamentos.
Ainda olhamos de forma diferente para um ser humano que é da cor preta.
Para quem é mais velho ou que não tenha um pedaço do corpo ou mesmo uma parte dele que não funcione bem.
Para as Mulheres, homossexuais e os ex-presidiários.
Muitos de nós reagimos veementemente e com verdade: Mas não é bem assim! Tenho amigas mulheres maravilhosas!
Negros incríveis. Ok, deve ser verdade, existem muitos exemplos que conseguiram furar as barreiras e alcançaram sucesso e até notoriedade, apesar das dificuldades, mas a reflexão é do coletivo, e não do particular.
Se observarmos no coletivo vamos assustar.
O número de pessoas que excluímos é assustador, as estatísticas estão aí para provar. Como sociedade rotulamos e desprezamos todos os que não estão dentro dos padrões, das regras, que nosso consciente coletivo determinou como Certo, Verdadeiro, aprovado.
Não raro somos nós mesmos os excluídos. Quem não tem uma história de exclusão para contar? Pela cor do cabelo pela roupa que veste pelo conhecimento que tem enfim, por qualquer diferença que esteja em dissonância com a situação que estamos no momento.
E certamente não nos sentimos confortável em sermos postos de lado.
Está mais do que na hora de revermos nossos conceitos. De forma definitiva, profunda e Humana. Esse é o convite e um grande desafio dos tempos que se avizinham.
Deise Fernandes
A minha geração, tem “fome” diferente das gerações mais novas, que também são diferentes das gerações mais velhas, mas todas têm pontos em comum:
Temos fome da Verdade.
Temos fome da Justiça.
Temos fome de amigos.
Temos fome de respeito.
Temos fome de desafios
Temos fome de simplicidade.
Temos fome de sermos valorizados e aceitos, mais do que Aceitos, sermos bem vindos nos lugares que freqüentamos.
Temos muitas fomes comuns, porque são necessidades universais, eternas.
Na verdade são Valores Éticos.
E são desses valores que sentimos falta, sentimos fome!
A crise que enfrentamos, dizem os grandes pensadores, como Leonardo Boff, Leo Buscaglia, Edgar Morin, a verdadeira Crise dos dias de hoje é “Falta de Valores éticos.
Falta de celebrar o Sagrado”.
Acabamos banalizando, minimizando e deteriorando tudo.
Até mesmo nós como SER Humano.
Edgar Morin, no livro os 7 saberes da educação do futuro, diz que “...precisamos aprender a condição Humana, compreender o Ser humano”.
A gente se perdeu.
Em algum momento da nossa Caminhada, a gente se perdeu. Ou pelo menos, fomos deixando no caminho, perdendo na beira da estrada esses Valores que tanto nos fazem bem, que tanto nos fazem falta.
É possível que você que está lendo esse texto, esteja se perguntando, mas porque estou lendo isto? Porque estou perdendo meu tempo em ler essas coisas?
Sobre ética e ser Humano. Não tenho tempo para perder com o que essa Pessoa pensa a respeito desses temas. Em que ela se baseou? Onde está a fundamentação teórica?
Aqui está o problema.
Estamos tão apartados de nós, do Humano, que queremos a lógica, o racional, o planejamento, os objetivos, os resultados, os gráficos, a regra, a política, as evidências.
Esquecemos que o racional, o que tanto valorizamos e que é valorizado pelas Empresas é apenas um barquinho no mar de emoções que é o Ser Humano. Que no final de tudo o que decide o que escolhe, o que determina são nossas emoções, nossas experiências.
A maior parte do nosso tempo somos emoções.
E é por elas e através delas que vamos fazendo nossas Escolhas, criando, imaginando, fantasiando, fortalecendo modelos mentais, que insistimos em acreditar que são Verdades. As vezes nem temos consciência de estarmos sendo guiados por eles de tão enraizados, tão dentro de nossas atitudes estão. E nem percebemos que são crenças que herdamos que se pensarmos um pouco nos assustaremos com tanta bobagem, com tantos conceitos ultrapassados.
A questão maior é que nenhuma dessas Crenças, dessas Verdades, estão fazendo com que a gente seja mais Feliz.
Que a gente seja mais generoso conosco e com os outros.
Temos falhado muito em muitos pontos nos relacionamentos.
Avançamos em muita coisa, mas estamos na idade da pedra no que diz respeito aos relacionamentos.
Ainda olhamos de forma diferente para um ser humano que é da cor preta.
Para quem é mais velho ou que não tenha um pedaço do corpo ou mesmo uma parte dele que não funcione bem.
Para as Mulheres, homossexuais e os ex-presidiários.
Muitos de nós reagimos veementemente e com verdade: Mas não é bem assim! Tenho amigas mulheres maravilhosas!
Negros incríveis. Ok, deve ser verdade, existem muitos exemplos que conseguiram furar as barreiras e alcançaram sucesso e até notoriedade, apesar das dificuldades, mas a reflexão é do coletivo, e não do particular.
Se observarmos no coletivo vamos assustar.
O número de pessoas que excluímos é assustador, as estatísticas estão aí para provar. Como sociedade rotulamos e desprezamos todos os que não estão dentro dos padrões, das regras, que nosso consciente coletivo determinou como Certo, Verdadeiro, aprovado.
Não raro somos nós mesmos os excluídos. Quem não tem uma história de exclusão para contar? Pela cor do cabelo pela roupa que veste pelo conhecimento que tem enfim, por qualquer diferença que esteja em dissonância com a situação que estamos no momento.
E certamente não nos sentimos confortável em sermos postos de lado.
Está mais do que na hora de revermos nossos conceitos. De forma definitiva, profunda e Humana. Esse é o convite e um grande desafio dos tempos que se avizinham.
Deise Fernandes
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Resistência.
Quando criei esse blog foi com a intenção de escrever o que viesse em minha cabeça. Não sou jornalista, nunca fiz nenhum curso de redação, não tenho vocação para poeta, portanto, seriam textos simples, mas que registrassem minhas reflexões do momento.
Nunca pensei que esse Blog fosse um espaço para assuntos da minha vida como Deficiente visual. Eventualmente poderia aparecer temas nesse sentido, mas não necessariamente.
Tenho recebido inúmeras sugestões, questionamentos, solicitações, que eu escreva sobre minha vida de Deficiente visual. Tenho resistido até mesmo me negado em fazê-lo.
Quem me conhece sabe que não tenho nenhum problema em falar sobre minha cegueira e as grandes experiências que tenho oportunidade de vivenciar, mas fico muito incomodada com essa insistência que escreva aqui sobre esse assunto. A impressão que eu tenho é que só querem saber sobre como eu vivo com a Deficiência Visual.
Tem tantas outras coisas legais na minha vida!
Entendo que haja algum interesse e curiosidade de como fazemos isso ou aquilo, mas não precisava ser tanto! Penso que já existem informações suficientes na mídia.
A cada pouco leio algum artigo ou reportagem sobre a Vida de um Deficiente.
Será que já não está na hora de avançarmos?
Pensar no que os Deficientes pensam e como poderão agregar para os grandes dilemas da sociedade?
Acabei de ler um texto do Jairo, - JAIRO MARQUES *
Sobre O sexo dos cadeirantes, muito legal, trás uma reflexão muito interessante do ponto de vista do Deficiente.
Os sem Deficiências tem curiosidades.
Os com Deficiência, gostariam de ter o direito de só falar sobre sua vida quando quiserem.
Será que um dia desses nos entenderemos e chegaremos a um ponto em comum?
Deise Fernandes.
Nunca pensei que esse Blog fosse um espaço para assuntos da minha vida como Deficiente visual. Eventualmente poderia aparecer temas nesse sentido, mas não necessariamente.
Tenho recebido inúmeras sugestões, questionamentos, solicitações, que eu escreva sobre minha vida de Deficiente visual. Tenho resistido até mesmo me negado em fazê-lo.
Quem me conhece sabe que não tenho nenhum problema em falar sobre minha cegueira e as grandes experiências que tenho oportunidade de vivenciar, mas fico muito incomodada com essa insistência que escreva aqui sobre esse assunto. A impressão que eu tenho é que só querem saber sobre como eu vivo com a Deficiência Visual.
Tem tantas outras coisas legais na minha vida!
Entendo que haja algum interesse e curiosidade de como fazemos isso ou aquilo, mas não precisava ser tanto! Penso que já existem informações suficientes na mídia.
A cada pouco leio algum artigo ou reportagem sobre a Vida de um Deficiente.
Será que já não está na hora de avançarmos?
Pensar no que os Deficientes pensam e como poderão agregar para os grandes dilemas da sociedade?
Acabei de ler um texto do Jairo, - JAIRO MARQUES
Sobre O sexo dos cadeirantes, muito legal, trás uma reflexão muito interessante do ponto de vista do Deficiente.
Os sem Deficiências tem curiosidades.
Os com Deficiência, gostariam de ter o direito de só falar sobre sua vida quando quiserem.
Será que um dia desses nos entenderemos e chegaremos a um ponto em comum?
Deise Fernandes.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
ÁRVORES
Acredito que as árvores fazem parte da historia de todos nós.
Lembro-me perfeitamente da que foi minha companheira de infância, era bem grande, uma Mangueira e de Manga espada.
Ficava no quintal da minha vó, e servia de boas brincadeiras com meus irmãos nos dias que minha mãe nos deixava lá para fazer alguma coisa que nós não poderíamos estar juntos.
Tenho saudades, lembrando-me agora das brincadeiras, do quanto sua sombra era confortável, e seus frutos doces e saborosos. Os anos se passavam, eu crescia e lá estava ela sempre tão generosa.
Na Escola foi o primeiro desenho que consegui fazer, uma árvore, só depois desenhei a casinha.
No ginásio, (na minha época era Ginásio e não Ensino Fundamental) Aprendi que eram as folhas das árvores que faziam a tal da “fotossíntese”, coisa complicada de entender, mas que no final das contas eram elas que limpavam o ar.
No quintal da minha casa havia muitas árvores, a maioria de frutos, pêra, laranja, limão, mamão, nas casas das minhas amigas tinham também muitas árvores, nas Praças, ruas, estrada que levavam aos sítios e Fazendas, naquela época Estrada de Terra, eram cheias de árvores.
Árvore sempre fez parte de nossas vidas, e com elas os passarinhos.
E hoje, mais do que nunca elas precisam voltar a fazer parte de nossas Vidas, voltar a nascer em nossos quintais, nas Praças, nas ruas, e pasmem, nas Florestas!
Sempre aprendemos que Floresta é um espaço cheio de árvores, mas ultimamente até esse conceito está mudando.
Precisamos retornar as nossas origens, valorizar o que sempre foi tão generoso e amigo. Precisamos voltar a respeitar as árvores, e dar mais valor a elas em pé, do que deitadas.
Precisamos reconhecer que dependemos das árvores para muitas coisas, para que limpem o nosso ar, para que nos ajudem a evitar o Aquecimento Global, para que possamos voltar aos tempos de poder ir buscar um limão no quintal, uma laranja, ou mesmo a minha manga Espada.
Precisamos perceber a importância de plantar a idéia de viver O SIMPLES o natural com a inteireza da natureza, que sustentabilidade é viver de forma simples, na harmonia do homem com o homem e seu meio-inteiro ambiente.
Deise Fernandes.
Lembro-me perfeitamente da que foi minha companheira de infância, era bem grande, uma Mangueira e de Manga espada.
Ficava no quintal da minha vó, e servia de boas brincadeiras com meus irmãos nos dias que minha mãe nos deixava lá para fazer alguma coisa que nós não poderíamos estar juntos.
Tenho saudades, lembrando-me agora das brincadeiras, do quanto sua sombra era confortável, e seus frutos doces e saborosos. Os anos se passavam, eu crescia e lá estava ela sempre tão generosa.
Na Escola foi o primeiro desenho que consegui fazer, uma árvore, só depois desenhei a casinha.
No ginásio, (na minha época era Ginásio e não Ensino Fundamental) Aprendi que eram as folhas das árvores que faziam a tal da “fotossíntese”, coisa complicada de entender, mas que no final das contas eram elas que limpavam o ar.
No quintal da minha casa havia muitas árvores, a maioria de frutos, pêra, laranja, limão, mamão, nas casas das minhas amigas tinham também muitas árvores, nas Praças, ruas, estrada que levavam aos sítios e Fazendas, naquela época Estrada de Terra, eram cheias de árvores.
Árvore sempre fez parte de nossas vidas, e com elas os passarinhos.
E hoje, mais do que nunca elas precisam voltar a fazer parte de nossas Vidas, voltar a nascer em nossos quintais, nas Praças, nas ruas, e pasmem, nas Florestas!
Sempre aprendemos que Floresta é um espaço cheio de árvores, mas ultimamente até esse conceito está mudando.
Precisamos retornar as nossas origens, valorizar o que sempre foi tão generoso e amigo. Precisamos voltar a respeitar as árvores, e dar mais valor a elas em pé, do que deitadas.
Precisamos reconhecer que dependemos das árvores para muitas coisas, para que limpem o nosso ar, para que nos ajudem a evitar o Aquecimento Global, para que possamos voltar aos tempos de poder ir buscar um limão no quintal, uma laranja, ou mesmo a minha manga Espada.
Precisamos perceber a importância de plantar a idéia de viver O SIMPLES o natural com a inteireza da natureza, que sustentabilidade é viver de forma simples, na harmonia do homem com o homem e seu meio-inteiro ambiente.
Deise Fernandes.
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