TODOS-OLHARES
Porque um Blog? Por ser acessível a todos, a meu ledor de telas, que é a tecnologia que uso por ser deficiente visual, por ser rápido e simples. Que nome? Um nome que pudesse identificar um lugar onde eu possa falar, dialogar e refletir sobre minhas experiências. O nome que escolhi foi TODOS OLHARES. Olhar para tudo, para o que vivenciamos e que vale a pena compartilhar, olhares sobre o passado, presente e futuro. Assim nasce TODOS OS OLHARES. Deise Fernandes
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
SAÚDE
Não existe nada mais importante do que a Saúde. Parece frase feita, mas é uma verdade absoluta.
Nada tem brilho quando não estamos nos sentindo bem. Não temos vontade de nada e para nada. A vida fica opaca, sem graça e sem nenhum encanto.
A saúde é fundamental. Considerando que saúde um bem estar físico, emocional, espiritual, e nos relacionamentos, portanto não é fácil ter saúde, existem muitos aspectos que precisamos levar em consideração.
Ter saúde é cuidar de todos esses aspectos para que possamos ter qualidade de Vida e bem estar. Sabemos que estar em equilíbrio não é tarefa fácil e nem simples.
Quando temos o olhar sistêmico, as coisas se complicam ainda mais, porque sabemos que não é possível separar cada dimensão e trata-la isoladamente. As coisas não funcionam assim, muito pelo contrário, tudo se mistura e uma influencia a outra, de forma que não sabemos como começou e nem que lado devemos cuidar primeiro.
A solução é olhar para tudo e equilibrar cada uma das partes simultaneamente e rápido, para que possamos voltar a Viver, a ter alegria nas coisas, ter vontade de continuar.
É incrível como em momentos de crise em algum aspecto de nossas dimensões, acabamos repensando todas as outras. Se nos sentimos fisicamente fragilizados, começamos a cuidar dos medos que temos e escondemos em situações comuns. Ficamos muito carentes e repensamos nossos relacionamentos, tanto familiares como no trabalho e com os amigos. Voltamos nossos pensamentos a tudo o que não é material e nossa fé em aspectos espirituais aparecem com muita força.
Além da manifestação da falta de saúde ser um desiquilíbrio importante, é preciso analisar para que não volte acontecer, é também um momento de repensar nossas vidas, o que estamos fazendo com as oportunidades. Em definitivo, tudo é para o nosso bem.
Basta perguntarmos: Para que estou passando por isso?
segunda-feira, 29 de julho de 2013
RECOMEÇAR
Como é difícil recomeçar!
Independente do que e porque paramos, a volta não é fácil e nem simples. Nosso lugar já foi preenchido por outras pessoas e ou coisas. Temos que abrir espaços em um tempo já sobrecarregado.
Mesmo que seja em nossos pensamentos, que aparentemente tem muito mais tempo do que ações, mesmo neles, como é difícil voltar a pensar em um tema.
Parece que o que foi já passou, já não cabe mais, já não serve mais.
Há muito tempo li um texto infantil da Ana Maria machado, que contava a estória de uma menina que ficava espantada com a mãe quando dizia: filha, vc perdeu esse vestido, também perdeu a bota! A menina se intrigava porque estava vendo o vestido e a bota, como assim, ela tinha perdido?
Depois de alguns dias e com a insistência da mãe em apontar coisas que ela tinha perdido, mas que estava na sua frente, a menina começou a chorar e perguntou para a mãe: mas como assim eu perdi? O vestido, a bota, o cadeirão, o berço, a blusa, estão aqui na minha frente!!!
A resposta da mãe para a menina me ensinou muito: Minha filha, vc não perdeu no sentido de não encontrar mais. Voce perdeu, no sentido que não te serve mais. Filha, voce cresceu e essas coisas são do passado e não te servem mais.
Será que essa é a dificuldade no Recomeçar? Será que crescemos e o que fizemos no passado não nos serve mais?
Ou será que a vida se apresenta com tantas novidades que desvalorizamos iniciativas interessantes que vivemos na semana passada, no mês passado, e saímos correndo atrás do novo, do diferente.
Seja o que for, estou com vontade e quero Recomeçar a Escrever para o Blog.
Fiquei sem voltar aqui por quase um ano, mas agora vou ser disciplinada e encontrar espaço para escrever e postar aqui.
Gosto de escrever, me faz bem. Quem sabe essa é a motivação, Fazer, continuar fazendo, fazer sempre o que me faz bem.
Deise Fernandes - 25 julho 2013
SANTO PADRE
Na semana passada tivemos a visita do Papa Francisco e a TV nos permitiu acompanhar toda a agenda do Santo Padre. Não sou católica, mas todo momento que tive oportunidade acompanhei as falas do Papa. Ele me surpreendeu com sua simplicidade, clareza e objetividade. Muito, muito legal.
Em um de seus discursos fez uma fala muito interessante para os Jovens e repetiu várias vezes: Bota Fé, bota esperança, bota amor.
Por muito tempo refleti nessas afirmações e consegui colocar tudo aí dentro. Ninguém tem dúvida que precisamos de Fé, sabemos que não temos controle de nada e que a todo momento precisamos acreditar para conseguir caminhar. A fé humana ou a Fé divina nos acompanha em cada momento de nossas vidas.
Esperança, quem não as tem? Como seriam nossas vidas se não tivéssemos esperança de melhorar, de conquistar, de alcançar, de chegar lá??
Amor, esse verbo tem tanto sentido e tanto significado, apesar de ainda não sabermos direito o quanto e quão profunda é nossa necessidade de oferecer e receber Amor.
O amor tem muitas faces, pedimos e oferecemos amor de formas diferentes, mas seja qual for o jeito, o amor é sempre entendido, recebido e sentido por quem oferece e por quem recebe.
O Ivan Lins tem uma música sobre amor que gosto muito, principalmente de uma frase “o Amor cura as feridas, deixa tão cicatrizado, que ninguém diz que é colado”.
Sou grata Papa Francisco pelo ensinamento, de fato precisamos botar mais Fé, mais esperança e mais amor. E perceberemos que não precisamos de mais nada.
Deise Fernandes - 29 de julho 2013
quinta-feira, 25 de julho de 2013
DESABAFO
Por mais que tente ter uma visão positiva sobre alguns acontecimentos que passam pela minha vida, tenho dificuldade em aceita-las e entende-las. Detesto ter a postura derrotista, desanimada, negativa, mas tem momentos que precisamos reconhecer e assumir que as coisas não estão bem.
Que fisicamente não estamos em um momento ideal, que nossos relacionamentos poderiam melhorar, que nos colocamos ou nos colocaram em situações que não conseguimos sentir conforto.
O grande desafio é saber como nos comportar, como aproveitar esses momentos para aprender, como superar e sair desse pântano, barreiro, areião, que estamos enroscados.
O esforço é imenso, o querer é quase sobre humano, a vontade e coragem tem que ser maior do que em outras ocasiões, e nesse momento precisaremos recorrer as nossas forças internas, as nossas reservas, experiências, conhecimentos, e contar fortemente consigo mesmo.
É enfrentar os bichos, as sombras, o orgulho e a vaidade. É ser humilde e reconhecer que é preciso aprender mais e melhor. ter disciplina, vontade, e muitas vezes, sacrifícios, e que apesar de todo o esforço, pode ser que não consigamos vencer. Pode ser que sejamos derrotados.
E nesse caso, o que teremos como resultado será a experiência, a consciência tranquila de que tentamos.
Mas se conseguirmos enfrentar e superar, e muitas vezes acontece de fato, ah, nesse momento teremos a Alegria da Conquista, da segurança interior, da experiência de saber que Eu Consegui!
É importante que façamos essa análise e porque não, uma Festa, Nada mais tem importância, naquele momento, até.... que chegue um outro fato... e certamente estaremos mais fortes e mais preparados para enfrentar.
Será que um dia... Não haverá situação que nos surpreenda?
Deise Fernandes.
24 de abril 2013
terça-feira, 25 de setembro de 2012
FÉ
Desde criança ouvimos falar em Fé. Nossos pais nos ensinam a rezar antes de dormir, e falam para acreditarmos no Papai do Céu.
Depois vem a primeira comunhão, para os que são ou foram católicos como eu, cerimônia muito bonita,(será que ainda existe?)onde iríamos receber a hóstia pela primeira vez. Lembro-me perfeitamente desse dia. Era um acontecimento, esperávamos com ansiedade pelo momento em que poderíamos receber o que representava o corpo e o Sangue de Cristo.
Durante alguns anos seguíamos assistindo a missa, rezando antes de dormir, acreditando no Papai do Céu, pelo menos até chegar a adolecência. Época que lutamos bravamente para criar nosso próprio mundo e nossas próprias crenças.
Na minha época, a igreja Católica atraia os Jovens com cursos de final de semana, onde deixava os ensinamentos do Evangelho mais próximo dos Jovens, alegre e com muita música. Eu e minha turma fizemos esse curso, e nos envolvemos com os trabalhos da igreja com muito entusiasmo. Foi muito legal essa época. Fazíamos um trabalho nobre, apesar de não termos essa consciência. O legal era estar com a turma, fosse onde fosse. Bom para nós que nossas energias eram canalizadas para o Bem.
Todos crescem, precisam ir em busca da Faculdade, tem que ser fora da cidade pequena onde nascemos. Nos separamos, cada um para um lado. Outra vez se repete o começo da adolecência, ficamos meio sem Religião. Estamos em busca do espaço profissional e de aprender a ser Gente Grande.
Agora formados, conseguimos trabalho, casamos, temos filhos, e só nesse momento, temos clareza do que é ter Fé, do que é ter Religiosidade.
A vida de adulto tem um monte de coisas boas, diminuem pelo menos 80% das inseguranças, mas as que ficam! São enormes, mais profundas, aquelas que nos demonstram o quanto somos Pequenos, Frágeis, e como não temos controle de nada, nem ao menos de nossas vidas.
E nesse momento a Fé ganha uma importância fundamental.
Precisamos acreditar em nós. Nos nossos Valores. Naquilo que somos capazes de produzir.
Precisamos acreditar nos outros. Nos valores dos outros. No que podem produzir.
Precisamos acreditar em Deus. Na sua Proteção e no seu amor por nós.
Precisamos acreditar na vida, nos Caminhos que se cruzam. Nas oportunidades que aparecem.
Precisamos acreditar nas intuições. Naquilo que não vemos. Naquilo que não sabemos.
Precisamos acreditar que Deus olha por todos nós. E, aprendemos que no final de tudo, o mais importante de tudo, é no que Acreditamos.
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
PENSAR FORA DA CAIXA
Quanto mais ficamos experientes, maior é a nossa dificuldade de pensar Fora da Caixa.
Todos têm uma primeira idéia sobre tudo que nos cerca. Às vezes o que pensamos de bate pronto se revela verdadeiro, outras vezes, porém, não é nada daquilo que estava na nossa cabeça e nas nossas fantasias.
A grande sacada é não concretar nossas primeiras impressões. Não tem jeito de evitar, elas chegam, gritam em nossos ouvidos. Ok, Temos que prestar atenção, mas como curiosidade, como uma primeira impressão. Vamos nos dar oportunidade de vivenciar, analisar e de fato nos certificar se é ou não o que tínhamos pensado. É um exercício bem legal.
Tenho certeza que como eu, muitas pessoas fazem esse exercício todos os dias. a gente vai aprendendo com acertos e erros e conseguimos tornar essa prática em rotina.
O que ainda não consegui fazer, ou só consigo com muita dificuldade e esforço, é quando depois de vivenciar, analisar, acabo criando um modelo que faz sentido para mim, para meus valores, para aquela situação, e, apesar de não querer, na verdade, não dever, acabo transformando essa experiência em Verdade.
E lá vou eu cheia de Verdades caminhando pela vida... e derrepente... não mais que derrepente, e mais frequente que eu gostaria, aparecem situações que aquela Verdade tão cuidadosamente construída, não cabe, não serve, não faz sentido, e eu preciso repensar, recomeçar, construir, enfim, Pensar Fora da Caixa.
Pensar Fora da Caixa, é quase desmontar conceitos, vivências, experiências, que demoraram muito a serem construídas, que nos deram um trabalho danado, e que agora não dá conta da nova situação.
Lembro-me de uma estória da Ana Maria Machado, que contava que uma menina estava muito intrigada com as falas de seus pais. Quando estava se vestindo para sair, a mãe diz: esse vestido vc perdeu.
-- Nossa! Vc perdeu a bota. A menina não entendia nada, porque ela estava vendo o vestido e a bota.
No outro dia, ela chegou em sua casa e seu pai estava pintando seu cadeirão de comer, e ele disse: Filha, vc perdeu ocadeiraõ e vamos dar para outra criança.
Não entendendo correu para o quarto e não encontrou o berço, e a mãe logo veio explicar: Filha, como vc perdeu o berço, vamos doar para outra criança.
A menina, já não suportando mais aquele discurso de ter perdido o que ela estava vendo na sua frente, começou a chorar e perguntar, -- Porque vcs estão fazendo isso comigo? Dizem que eu perdi o que está na minha frente!!
A mãe entendendo a angústia da filha, respondeu: -- Filha, não é esse perdeu que vc não encontra as coisas. É um Perder, porque vc cresceu e essas coisas não servem mais para vc.
Vc precisa de coisas maiores.
Parece que isso é pensar fora da Caixa, é se dar conta que crescemos, que antigos conceitos não servem mais, porque nós crescemos e também porque as situações crescem.
Deise Fernandes.
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
EXCLUSÃO
.... Dessa forma, exclusão passa a ser entendida como descompromisso político com o sofrimento do outro.
Bader Sawaia – As Artimanhas da Exclusão.
Ao ler a frase acima no livro que por acaso chegou em minhas mãos, tive uma iluminação que há muito tempo não tinha. É isso! Toda Exclusão tem suas raízes firmemente presas no nosso descompromisso com o sofrimento do outro. Simples e doloroso assim.
Doloroso porque pode gerar inúmeras interpretações, e na maioria das vezes equivocadas. Pode em um primeiro olhar parecer egoísmo. Essa caracteristica que tanto falam os psicólogos, religiosos, e que todos sabemos que temos e nos culpamos por sentir, mas nesse caso, pode não ser a explicação mais completa. Se queremos tudo de melhor para nós e nossa família, ao excluirmos, estamos nos privando do que essa Pessoa ou grupo pode nos ensinar, não parece incoerente?
Tenho a impressão que no fundo somos mais frágeis do que egoístas. Não damos conta de tantas diferenças, tantos modos de vida, de jeitos, de formas, que a vida nos apresenta.
Já não é fácil nos entendermos, de fato nos conhecermos, somos um Universo inexplorado e desconhecido. Temos sentimenos, reações, que nos assustam e nos deixam insetguros. Quantos de nós não damos conta do furacão que toma conta de nossos sentimentos e atitudes.
Nesse mar de emoções, não é fácil nem simples, ainda temros que entender, aprender, ser empático com o outro, ainda mais o outro que é muito diferente do meu jeito de ser. É muito mais fácil desconsidrar. As vezes por medo de não dar conta, porque o outro somatisa o que sou eu. Outras vezes por falta de tempo, de paciência, de conhecimento, de coragem, de tantas coisas!
A questão não é o Excluído, ele não tem parte nisso.
A grande questão sou eu, no que acredito, no que estou prestando atenção na ocasião, no que me é mais confortável, no que me dá menos trabalho.
Acredito que se sentir Excluído, talvez seja o caminho para repensarmos nosssas atitudes em relação aos que Excluo.
Nada como a experiência na pele, ela é muito melhor do que um milhão de palavras e mecanismos de alerta.
Seremos mais Inclusivos, na medida em que nos conhecermos mais e melhor. Cristo tinha absoluta razão: Amar ao Próximo como a ti mesmo.
Deise Fernandes.
30 agosto 2012
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